Scoparia dulcis L. - Na Medicina Caseira

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A Vassourinha ou Scoparia dulcis L. pertencente a família botânica Scrophulariaceae ficou conhecida popularmente por vários nomes diferentes: Coerana-branca, corrente-roxa, ganha-aqui-ganha-acolá, pupeiçava,  tapeiçaba, tapixaba, tupeiçava, tupiçaba, tupixaba, tupixava, vassoura,  vassourinha-cheirosa, vassourinha-de-botão, vassourinha-doce, vassourinha-miúda, vassourinha-mofina, vassourinha-molfina, vassourinha-tupiçaba.
Espécie autóctone que medra nas terras baixas dos trópicos. Ocorre em áreas ruderais e de lavoura, capoeiras e campos abertos.
Planta herbácea, anual, ereta,  ramificada, que cresce de 0,5 a 1,0m em altura. O caule é delgado, tetragonal, verde-claro, anguloso e sublenhosos na parte basal e herbáceo na superior. As folhas são quase caulescentes, com a base atenuada e o ápice agudo verdes, pecioladas, opostas, verticiladas, ternadas, obovadas ou oval-lanceoladas, dentadas, glabras, peninérveas, com a nervura média saliente, medindo 3cm e comprimento por 1cm de largura. As flores, multifloras em pares, se originam das axilas das folhas. São pequenas, hermafroditas, pentâmeras, 4 sépalas partidas, corola rotácea branca, bilabiada, com lóbulos e numerosos tricomas brancos, internamente. O fruto é uma cápsula septicida globosa, com cerca de 1,0 a 2,0mm de diâmetro, bilocular, lisa, glabra, membranácea, de cor creme-escura, deiscência apical e numerosas sementes muito pequenas. As sementes apresentam formato irregular, reticulada, glabras, amareladas a castanho-claras e brilhantes.
Espécie de ampla adaptação climática, encontrada principalmente em regiões tropicais. É heliófita.
Prefere os solos férteis, areno-siltosos, leves e úmidos, sem acidez.
A Vassourinha é indicada para febres intermitentes, paludismo, uralgias, vaginite, parasitas da pele, afecções gastrointestinais, digestões lentas, cólicas, constipações, dores de ouvido, brotoeja, coceiras, erisipela, afecções cutâneas e catarrais, bronquite, corrimento vaginal, infecção urinária, catarros pulmonares, pernas inflamadas e varizes.
Estomáquica, diurética, febrífuga, antiblenorrágica, emenagoga, antilítica, anticefalálgica, anticonceptiva, antidiabética, expectorante, mucolítica, adstringente, antioftálmica, antiflatulenta, depurativa, tônica, emética, vermífuga, antiespasmódica, antisséptica, antiasmática, anti-hemorroidária, emoliente, béquica, odontálgica, antigripal, hepática, peitoral, aperiente, revitalizante.
Extratos da planta apresentaram atividade antiinflamatória e analgésica em ratos principalmente devido aos flavonóides e glutinol. O ácido scopadúlcico, obtido da planta, apresenta atividade antitumoral. O scopaduldiol tem propriedades inibidoras da ATP gástrica H+/K+ . Os extratos etanólicos e acuosos da planta (0,5-2mg/kg p.o.) prolongaram o tempo de sono em ratos induzidos por pentobarbital, sendo o extrato etanólico mais ativo que o acuoso. Apresenta atividade depressora. A amelina, fitoquímico presente na planta, tem mostrado eficácia no tratamentos de alguns tipos de diabetes.
Apresenta forte atividade contra bactérias Gram-positivo.

Cultivo:
Espaçamento: 0,30 x 0,20m.
Propagação: sementes. Semear diretamente em sulcos transversais de canteiros ou em bandejas de isopor.
Plantio: outono, primavera e verão.
Florescimento: primavera e verão.
Colheita: 100 a 110 dias após a emergência.

Curiosidade:
Utilizada nas áreas rurais, na forma de feixe, para as casas.




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